sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Texto: Minha Infância, escrito por Camila Kelly José

O texto "Minha Infância" foi produzido pela aluna Camila Kelly José da turma do 7° ano A. Este texto foi selecionado e ficou entre os melhores na categoria "Memórias" da Olimpíada de Língua Portuguesa a nível municipal concorrendo a nível estadual. 
Os fatos narrados neste texto contam um pouco da história de vida da Diretora da escola Municipal Arthur Hoffig Maria Barta Alves e foram obtidos por meio de entrevista.

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Minha Infância (memórias)

No meu tempo de criança, morava no sítio Boa Sorte no município de Brasilândia. Eu quase não brincava porque tinha que ajudar meus pais na roça, mas quando tinha tempo brincava de passar anel ou boneca de espiga de milho, porque não tinha brinquedos. A educação da minha época era rígida, os filhos respeitavam os pais. Comecei a estudar bem tarde porque tinha que andar a cavalo para chegar na escola, como era pequena, só meus irmãos estudavam.Comecei a estudar com dez anos de idade quando fizeram uma escola no sítio. Sempre vínhamos para os desfiles na comemoração do aniversário da cidade e sete de setembro.
Eram desfiles muito lindos com carros alegóricos. Os políticos ficavam no coreto da pracinha onde faziam seus discursos e nós passávamos desfilando em frente. Lembro bem que eu ia desfilando e os sapatos saindo dos meus pés porque eram grandes e ganhados de outras pessoas, meus pais não podiam comprar novos, mas mesmo assim eu me sentia muito feliz por estar participando.
Mudei-me para cidade ainda jovem, aqui não tinha diversão, nos finais de semana a turma reunia no coreto da pracinha para namorar e encontrar com seus amigos, pois era ponto de encontro de todos e também dos namorados. Todos os domingos à tarde íamos para o campo de futebol ver o time da cidade jogar e aproveitávamos para encontrar os amigos conhecer outras pessoas e fazer novas amizades.
Uma coisa que marcou bastante Brasilândia foi a chegada da água encanada, pois tínhamos que lavar roupa, lavar louça, cozinhar e tomar banho com água de poço comum ou entregue por caminhão pipa. No dia da inauguração da água em nossa cidade foi uma verdadeira festa, um cano grosso jorrava água pelas ruas da cidade e as pessoas ficavam maravilhadas em ver tanta água saindo daquele cano, houve festa para toda população com banda de musicas e churrasco.
Outra coisa que marcou também nossa cidade foi a chegada da energia elétrica, pois tínhamos luz gerada a motor que acendia ao anoitecer e apagava ás vinte e três horas após dar um sinal avisando que ia desligar e lamparinas para clarear, quando víamos colocando os postes nas ruas da cidade ficamos muito alegres, depois de alguns dias veio a inauguração e as luzes acenderam, foi aquela festa novamente, soltaram muitos fogos para comemorar.
Depois de muito tempo Brasilândia cresceu e continua crescendo, aqui tem muitas pessoas que vieram de fora, porque aqui é uma cidade maravilhosa para viver.( Camila Kelly José)

Poema "Estrada Boiadeira"

Este poema, ''Estrada boiadeira", foi produzido pelo aluno -->José Rodrigues S. Maciel, da turma do 5° ano C da escola Municipal Arthur Hoffig. O poema foi julgado e selecionado pela Comissão escolar e Municipal na Categoria Poemas, ficando entre os melhores.
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Estrada boiadeira
Neste caminho
Vou indo
E vindo.
Nas estradas boiadeiras
Vistamos ipês floridos
E a devastação
Cobrindo a passagem
Do estradão.
No lusco-fusco do dia
Limpo a poeira do chão.                                   
Para descansar
Armo minha rede                            
No tronco do ipezão.                                                                               
Terra vermelha
 Passa boi, passa boiada,
 Passa também meus pés
Tão vermelho que és
Desta terra empoeirada.